Por onde ando?


Sei que isso aqui anda meio abandonado, que ando escrevendo menos do que gostaria. No entanto, uma das minhas resoluções para 2016, diz justamente sobre me dedicar a colocar a criatividade em prática. E ai, pode ser através de desenhos, blogs, DIY, ou mesmo através da Qrespo!!

Mas, o que é a Qrespo? Então, foi isso que vim aqui contar! Um pouquinho da história da Qrespo!!



Ela, Mírian Lopes, 36 anos, graduada em comunicação, MBA em Gestão em Marketing e Especialização em Políticas Públicas, ele, Pingo do Rap, também 36 anos, MC, músico, produtor e ativista cultural em Acari. Os dois se conheceram em 2014, em uma atividade cultural em Acari, quando ela voltava de um intercambio de 2 meses em NY. Ela funcionária pública federal, voltou disposta a ressignificar o seu trabalho e de alguma forma gerar impacto social à sua volta. Ele estava à frente de um Centro Cultural independente na favela de Acari, local que por mais de 10 anos foi uma base da policia, mas que foi retomada por um grupo de ativistas e músicos para sediar um espaço de resistência cultural, o Centro Cultural Popular Revolucionário (CCPR) - Poeta Delay de Acari. Ele buscava o ponto de equilíbrio, entre a necessidade de ser sustentável, viver de música e gerar cultura gratuita para comunidade.

Depois de 1 ano (e alguns corações), os dois resolveram criar um negócio social pra tentar resolver essa equação de 2º grau – gerar sustentabilidade para permitir ao CCPR vida longa. A primeira ideia que veio à mente foi repaginar a Quebrada 298, marca de camisetas que Pingo já possuía. Na sequência, uma pesquisa rápida entre amigos e redes sociais, fez com que eles mudassem para uma nova marca que guardasse a identidade da quebrada, mas que possibilitasse mesclar os saberes dos seus dois idealizadores – a cultura periférica e o designer. Assim, nasceu a marca Qrespo!

No meio desse caminho, ela entrou num curso de empreendedorismo criativo e ele voltou a estudar e agora, a universidade é uma possibilidade real. Os dois estão construindo todos os detalhes do empreendimento, desde o desenho das peças e estampas, até as planilhas para controle financeiro (urg!). Ainda há muito caminho pela frente, mas o entusiasmo dos dois já começa a contagiar outros ativistas e músicos do CCPR. Além de vender pela Internet, os fundadores pensam em levar a marca para feiras com o propósito alinhado à iniciativa. Assim, Pingo já está participando da rede de economia justa e solidária e os planos é que a marca logo, logo esteja sendo vista por ai, nas feiras de comercio justo e solidário do centro da cidade.

Para nós os desafios ainda não começaram para valer, mas nós sabemos que eles virão. E contar com os amigos, dá muito mais coragem!

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